Nossa Visão 14/01/2025

RETROSPECTIVAS

A ata da última reunião do FOMC, comitê de política monetária dos EUA, encerrou o ano com um tom um pouco mais cauteloso do que o das reuniões anteriores.


Desde as reuniões do mês de julho de 2024, a narrativa dos membros do comitê girava em torno dos aspectos sobre o mercado de trabalho que havia dado sinais de enfraquecimento na metade do ano após a taxa de desemprego ultrapassar os 4%.
Em certo momento, por conta da redução do número de vagas em aberto, o FED se viu atrasado no processo da gestão de política monetária e por isso, resolveu por cortar 50 pontos base da taxa básica de juros. Ao longo do semestre, o mercado de trabalho se mostrou resiliente e o receio de crise laboral diminuiu.


Na última reunião do ano do FED, alguns fatores pesaram para que o comitê decidisse pelo corte de apenas 25 pontos base da taxa de juros. A ata reforçou que o maior dinamismo da atividade econômica em paralelo ao mercado de trabalho resiliente, além da inflação que, ainda que estando na casa dos 2%, encontra-se acima da meta, e mais recentemente, aspectos da projeção do cenário econômico com a eleição de Donald Trump, influenciaram a decisão de um corte em menor proporção.
Justificando as falas do FED, o relatório que reporta o número de empregos criados informou a originação de 256 mil vagas na leitura de dezembro, consideravelmente acima do projetado pelo mercado.


Em paralelo, o relatório JOLTS, que traz o número de vagas desocupadas, apresentou um aumento para 8 milhões de vagas no mês de novembro, também reforçando um sinal de um setor laboral robusto.


A inflação ao consumidor na Europa conforme projetado, em 0,4% em dezembro e 2,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O núcleo ainda se mantém um pouco acima da meta, em 2,7%. Todavia, apesar de se encontrar um pouco superior aos 2%, a estabilidade dos preços e atividade econômica fragilizada deve permitir que a autoridade monetária europeia siga cortando juros ao longo das próximas reuniões.
Na China, a inflação permanece em patamares baixíssimos, em apenas 0,1% na variação em 12 meses, influenciado pela queda no grupo dos alimentos e por pequena alta nos serviços.


No Brasil, o destaque foi a divulgação do IPCA de dezembro e do fechamento de 2024 que veio acima do limite da meta. A leitura da inflação ao consumidor no mês foi de 0,52%, fechando o ano em 4,83% (acima do teto de 4,5%). Os grupos que influenciaram foram principalmente combustíveis, alimentos e serviços. Oito dos nove grupos que compõem o IPCA tiveram alta no mês.






PERSPECTIVAS

Ao longo da semana, contaremos com inflação ao produtor dos Estados Unidos na terça feira e o CPI na quarta-feira.


No Brasil, a previa do PIB divulgado pelo Banco Central, o IBC-Br, será divulgado também na quarta-feira.


Ainda na quarta-feira, na China, contaremos com a leitura do principal indicador de atividade econômica, o PIB referente ao quarto trimestre.
Com a piora da conjuntura econômica doméstica e a elevação da exigência do prêmio de risco pelo mercado em relação aos ativos emitidos domesticamente, as pontas longas da curva de juros se encontram com altíssima volatilidade, o que pode trazer risco demasiado e perdas financeiras para os RPPS. Para tanto, recomendamos a diminuição de maneira gradativa da exposição em fundos atrelados as durations mais longas dos IMAs, como o IMA-B 5+ e o IMA-B e IMA-Geral.


Sob a mesma lógica, como a Selic deve se manter em patamar elevado por mais tempo, além da volatilidade dos ativos de longo prazo, os fundos de Gestão Duration devem encontrar maior dificuldade de entregar prêmios acima dos ativos livre de risco do mercado, e portanto, recomendamos a redução gradativa da exposição do RPPS em fundos deste segmento para o patamar de 5% do portfólio.
Adicionalmente, recomendamos uma exposição de até 15% para fundos de investimento de média duration, em especial, em ativos pós fixados atrelados à variação da inflação, como o IDKA IPCA 2A e o IMA-B 5. Dado o ambiente de incerteza sobre o teto a ser atingido pela Selic, recomendamos cautela por parte dos investidores na exposição de ativos prefixados como IRF-M e IRF-M 1+ por estes possuírem potencial de desvalorização devido a marcação a mercado.


Corroborando ao exposto, dado ao patamar mais elevado da taxa básica de juros e suas revisões altistas, recomendamos exposição de até 20% em ativos pós fixados atrelados a taxa de juros, principalmente o CDI, que deve trazer retornos consideráveis para os RPPS nos próximos meses.
Para complementar a diversificação da carteira em renda fixa, é recomendado a aquisição de títulos emitidos por instituições financeiras, principalmente as letras financeiras, dado que estes ativos costumam oferecer prêmios que ultrapassam as metas de rentabilidade dos RPPS, desde que claro, sejam considerados de baixo risco de crédito e das melhores instituições classificadas no mercado. Recomendamos até que a exposição atinja 20% do portfólio do RPPS.


Quanto a recomendação relacionada a renda variável doméstica, ainda que o cenário de juros elevados e incertezas políticas tragam risco e volatilidade para o segmento, cenários de correção de preços em renda variável abrem janelas de oportunidade para investidores de longo prazo, como os RPPS. Portanto, a nossa recomendação de 20% de exposição no segmento se mantém, porém sugerimos a entrada de maneira gradual para a efetivação do preço médio.


Com relação aos fundos estruturados, como os Multimercados e Imobiliários, recomendamos exposição de até 5% em cada um, porém abrimos parênteses que para os fundos Multimercado, recomendamos dividir a exposição em Multimercado doméstico (2,5%) e Multimercado exterior (2,5%), totalizando os 5% sugeridos.


No mercado global, o destaque continua sendo a economia americana, que para 2025 é projetado crescimento econômico acima do potencial. Contudo, por conta de maior dinamismo econômico, inflação em patamar ainda um pouco acima da meta, e incertezas econômicas futuras, os juros devem ficar um pouco mais altos do que o inicialmente projetado, trazendo força para a moeda americana. No ambiente de investimentos, sugerimos exposição de até 10% no segmento de exterior, também sob entradas cautelosas e gradativas para construção de preço médio.
Diversificar a carteira de investimentos com essas opções pode ser uma abordagem equilibrada para os RPPS, permitindo obter retornos e ter proteção contra cenários adversos, sempre alinhados com as metas de rentabilidade estabelecidas. Para investidores que enxergam oportunidades de adquirir ativos a preços mais baixos, é importante estar respaldado para a tomada de decisão.












Nossa Visão 06/01/2025

RETROSPECTIVAS

Em semana mais curta por conta do feriado de Ano Novo, os principais destaques foram a respeito das leituras dos PMIs das principais econômicas do mundo.


Na China, o PMI industrial caiu para 50,50 pontos em dezembro, abaixo das expectativas do mercado, porém em patamar expansionista acima dos 50 pontos. A queda em relação ao mês anterior foi justificada por uma diminuição do crescimento de novos pedidos no setor.


Já o PMI de serviços, subiu para 52,20 pontos, acima das expectativas e em patamar mais alto desde maio de 2024.
Nos Estados Unidos por outro lado, o PMI industrial se mantém em campo contracionista, em 49,4 pontos em dezembro, abaixo das projeções. A queda se deu pela diminuição da demanda de novos pedidos no setor, enquanto o mercado aguarda as principais políticas de mudança do Donald Trump.


O PMI de serviços subiu para 56,8 pontos por conta de um aquecimento de demanda por parte dos clientes e novos negócios criados.


Já na Europa, o ciclo industrial se mostra mais fragilizado ao passo que o PMI industrial de dezembro apontado foi de 45,1 pontos. No setor de serviços, a leitura foi de 51,6 pontos, em retorno ao território expansionista.
Por fim, no Brasil, o Ibovespa fechou em queda de 4,3% no mês de dezembro aos 118.533 pontos. No acumulado de 2024, o principal índice do mercado acionário brasileiro, recuou 10,4% em reais e quase 30% em dólares.






PERSPECTIVAS

Na agenda da semana, contaremos com divulgação de inflação ao consumidor em algumas localidades. Na Europa, o CPI de dezembro será divulgado na terça feira, já na China, será na quarta-feira. No Brasil, teremos o IPCA de dezembro na sexta feira.
Nos Estados Unidos, o destaque será sobre a Ata da reunião do FOMC de dezembro que será divulgado na quarta-feira.
Com a recente abertura da curva de juros e com as incertezas marcando o cenário externo, recomendamos reduzir a duration da carteira. Tudo isso provocou uma grande volatilidade nos IMAs, principalmente na ponta mais longa. Por isso, recomendamos reduzir gradualmente a exposição em Fundos IMA-B 5+, que tem em sua carteira NTN-Bs com prazos acima de 5 anos e podem sofrer mais com essa recente volatilidade. Ainda no Longo Prazo, recomendamos manter em 10% em fundos deste segmento, de preferência diversificar entre IMA-B e IMA-Geral.


Adicionalmente, mantivemos nossa recomendação para 10% dos investimentos em fundos de Gestão Duration, aproveitando a estratégia de gestão ativa oferecida por esse segmento. Com o ciclo atual da Selic, fundos de renda fixa passivos voltam a apresentar possibilidade de rentabilidade superior a meta de rentabilidade do RPPS, contudo, a estratégia de gestão ativa ainda se apresenta como alternativa atrativa para o RPPS.


Para um horizonte de médio prazo, mantivemos nossa recomendação para 10% dos investimentos para fundos deste segmento. É importante diversificar dentro do índice, tendo uma exposição índices pós-fixados, como o IDKA IPCA 2A e o IMA-B 5, atrelados a inflação. Além disso, neste cenário de elevação na taxa de juros, é aconselhável cautela no IRF-M e no IRF-M 1+, os índices pré-fixados, devido à volatilidade desses indicadores.


Quanto à exposição de curto prazo, sugerimos aumentar a exposição neste segmento, principalmente fundos CDI. Com as recentes alterações no cenário econômico, recomentamos uma exposição de 15% neste segmento. A Selic terminal para 2024 que era de 10%, passa a ser de 12,25%, mantendo uma taxa de investimentos atrativa para o RPPS.
Para diversificar a carteira, é aconselhável adquirir também títulos privados, principalmente as letras financeiras, até atingir uma alocação de 15%. As letras financeiras oferecem taxas que superam, em sua maioria, as metas atuariais dos RPPS e com prazos de até 10 anos, oferecem alternativas atrativas para diversificação de carteira.


Após muitas mudanças nas expectativas de quando o ciclo de corte de juros poderia ocorrer, o FED iniciou a sua redução em setembro, porém não deixou claro qual taxa de juros terminal deve ser alcançada. Além disso, a nova resolução de fundos de investimentos, CVM 175, trouxe novas regras para fundos no exterior que ainda não foram adaptadas pela Resolução 4.963/21. Por isso, recomendamos cautela para fundos de investimento no exterior, tanto em Renda Fixa como fundos de ações ou multimercado exterior.


Quanto aos fundos de ações relacionados à economia doméstica, mantemos nossa recomendação de 20% de exposição. Por mais que a bolsa de valores tenha mostrado certa volatilidade neste ano de 2024, a expectativa ainda é de alta para os próximos meses, na medida que as principais economias do mundo deem sequência na queda de juros, podendo aumentar a demanda por ativos de risco. Sugere-se a entrada no mercado de forma gradual, aproveitando oportunidades na bolsa de valores para construir um preço médio mais favorável.


Em relação aos Fundos Multimercado e Fundos de Investimento Imobiliários (FII), recomendamos manter a exposição em 5%.
Diversificar a carteira de investimentos com essas opções pode ser uma abordagem equilibrada para os RPPS, permitindo obter retornos e ter proteção contra cenários adversos, sempre alinhados com as metas de rentabilidade estabelecidas. Para investidores que enxergam oportunidades de adquirir ativos a preços mais baixos, é importante estar respaldado para a tomada de decisão.












Nossa Visão 30/12/2024

RETROSPECTIVAS

Em semana mais curta por conta do feriado natalino, o principal destaque na agenda econômica local foi a divulgação do IPCA-15 de dezembro que fechou o ano acima do teto da meta de inflação.
No mês, a variação foi de 0,34%, pouco abaixo das expectativas de 0,45% do mercado. Em 2024, a leitura foi de 4,71%, como dito, acima do teto da meta (4,5%).


Do cesto que compõe o índice, os alimentos foram os maiores responsáveis pela alta, com destaque para soja e carnes, que subiram 9% e 8%, respectivamente. O item responsável pela leitura do IPCA-15 menor do que o esperado foi a passagem aérea, em que o mercado esperava alta superior a 20%, porém que só subiu 4%.


O IBGE também divulgou a taxa de desemprego através da PNAD Contínua, que apontou 6,1% no fechamento de novembro, dado bastante baixo na série histórica. A leitura dos especialistas aponta que este é um dos indicativos de um cenário possivelmente inflacionário visto que a demanda, ainda mais para serviços, tende a ficar pressionada.
No exterior, o Banco Central chinês (PBoC, sigla em inglês) decidiu por manter as taxas de juros nos atuais patamares. A taxa de 1 ano (mais utilizada em empréstimos) ficou em 3,1% enquanto que a taxa de 5 anos (principal utilizada no segmento imobiliário) se manteve em 3,6%.


Contudo, para o próximo ano, o mercado aguarda uma série de estímulos pela autoridade monetária da gigante asiática para fazer frente às metas de crescimento, estímulos ao setor imobiliário e eventual mudança de modelo econômico direcionado para o setor de alta tecnologia.






PERSPECTIVAS

Na agenda econômica da semana dos últimos dias de 2024, mais curta por conta do ano novo, o principal destaque será a bateria de divulgações dos índices PMI da China (segunda e quarta feira), Estados Unidos e Zona do Euro (quinta feira).
Com a recente abertura da curva de juros e com as incertezas marcando o cenário externo, recomendamos reduzir a duration da carteira. Tudo isso provocou uma grande volatilidade nos IMAs, principalmente na ponta mais longa. Por isso, recomendamos reduzir gradualmente a exposição em Fundos IMA-B 5+, que tem em sua carteira NTN-Bs com prazos acima de 5 anos e podem sofrer mais com essa recente volatilidade. Ainda no Longo Prazo, recomendamos manter em 10% em fundos deste segmento, de preferência diversificar entre IMA-B e IMA-Geral.


Adicionalmente, mantivemos nossa recomendação para 10% dos investimentos em fundos de Gestão Duration, aproveitando a estratégia de gestão ativa oferecida por esse segmento. Com o ciclo atual da Selic, fundos de renda fixa passivos voltam a apresentar possibilidade de rentabilidade superior a meta de rentabilidade do RPPS, contudo, a estratégia de gestão ativa ainda se apresenta como alternativa atrativa para o RPPS.


Para um horizonte de médio prazo, mantivemos nossa recomendação para 10% dos investimentos para fundos deste segmento. É importante diversificar dentro do índice, tendo uma exposição índices pós-fixados, como o IDKA IPCA 2A e o IMA-B 5, atrelados a inflação. Além disso, neste cenário de elevação na taxa de juros, é aconselhável cautela no IRF-M e no IRF-M 1+, os índices pré-fixados, devido à volatilidade desses indicadores.


Quanto à exposição de curto prazo, sugerimos aumentar a exposição neste segmento, principalmente fundos CDI. Com as recentes alterações no cenário econômico, recomentamos uma exposição de 15% neste segmento. A Selic terminal para 2024 que era de 10%, passa a ser de 12,25%, mantendo uma taxa de investimentos atrativa para o RPPS.
Para diversificar a carteira, é aconselhável adquirir também títulos privados, principalmente as letras financeiras, até atingir uma alocação de 15%. As letras financeiras oferecem taxas que superam, em sua maioria, as metas atuariais dos RPPS e com prazos de até 10 anos, oferecem alternativas atrativas para diversificação de carteira.


Após muitas mudanças nas expectativas de quando o ciclo de corte de juros poderia ocorrer, o FED iniciou a sua redução em setembro, porém não deixou claro qual taxa de juros terminal deve ser alcançada. Além disso, a nova resolução de fundos de investimentos, CVM 175, trouxe novas regras para fundos no exterior que ainda não foram adaptadas pela Resolução 4.963/21. Por isso, recomendamos cautela para fundos de investimento no exterior, tanto em Renda Fixa como fundos de ações ou multimercado exterior.


Quanto aos fundos de ações relacionados à economia doméstica, mantemos nossa recomendação de 20% de exposição. Por mais que a bolsa de valores tenha mostrado certa volatilidade neste ano de 2024, a expectativa ainda é de alta para os próximos meses, na medida que as principais economias do mundo deem sequência na queda de juros, podendo aumentar a demanda por ativos de risco. Sugere-se a entrada no mercado de forma gradual, aproveitando oportunidades na bolsa de valores para construir um preço médio mais favorável.


Em relação aos Fundos Multimercado e Fundos de Investimento Imobiliários (FII), recomendamos manter a exposição em 5%.
Diversificar a carteira de investimentos com essas opções pode ser uma abordagem equilibrada para os RPPS, permitindo obter retornos e ter proteção contra cenários adversos, sempre alinhados com as metas de rentabilidade estabelecidas. Para investidores que enxergam oportunidades de adquirir ativos a preços mais baixos, é importante estar respaldado para a tomada de decisão.












NOSSA VISÃO 23/12/2024

RETROSPECTIVAS

Como principal evento global da semana, o Federal Reserve (FED) optou por cortar mais 25 pontos base da Fed Funds Rate, taxa básica de juros americana. O esfriamento do mercado de trabalho em conjunto com a inflação em patamar cada vez mais próximo da meta viabilizaram o corte.

Por outro lado, o comunicado e coletiva pós reunião vieram em tom muito mais conservador. A cautela é justificada por uma expectativa de lentidão do processo de trazer a inflação dos 2,5% para os 2%, que por consequência levou o FED a projetar apenas mais 50 pontos base de corte para o próximo ano, que antes eram 100 pontos base.


O principal índice de inflação observado pelo FED, o PCE, registrou 0,1% na variação mensal com o núcleo subindo 2,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior, influenciado pelos bens e arrefecimento de preços em serviços.


O índice PMI, que projeta as expectativas dos gerentes de compras, apontou 56,60 pontos do índice composto, impulsionado pelo setor de serviços que subiu para 58,5 pontos.


Na Europa, o destaque da semana foi a divulgação do CPI de novembro, que veio em linha com o esperado, em 0,1% na variação mensal. Na variação contra o mesmo período do ano anterior, o registro é de 2,6%.


No Brasil, o destaque da semana foi a divulgação da Ata da última reunião do Copom do ano, em que o comitê decidiu por unanimidade pela elevação em 100 pontos base da taxa básica de juros, a Selic.


A Ata embasou a alta em dois pilares: (i) elevação dos riscos de curto e médio prazo que exigem uma postura mais rígida por parte da autoridade monetária e (ii) materialização dos cenários de riscos identificados anteriormente.


Dentre as influências, aspectos estrangeiros exercem pressão indireta sob a condução da política monetária doméstica, como dinamismo econômico e inflação remanescente ainda um pouco acima da meta no cenário de países desenvolvidos que por sua vez exigem postura de maior cautela de seus respectivos bancos centrais.


Além dos aspectos estrangeiros, o aquecimento da atividade econômica e do mercado de trabalho aumentam a pressão sob a inflação de curto e médio prazo, e o principal fator que influenciou a precificação dos ativos no mercado foi a discussão fiscal, que traz forte temor para o mercado.






PERSPECTIVAS

Na agenda econômica mais curta por conta do feriado, o principal destaque será a divulgação do IPCA-15 de dezembro, na sexta feira.

Com a recente abertura da curva de juros e com as incertezas marcando o cenário externo, recomendamos reduzir a duration da carteira. Tudo isso provocou uma grande volatilidade nos IMAs, principalmente na ponta mais longa. Por isso, recomendamos reduzir gradualmente a exposição em Fundos IMA-B 5+, que tem em sua carteira NTN-Bs com prazos acima de 5 anos e podem sofrer mais com essa recente volatilidade. Ainda no Longo Prazo, recomendamos manter em 10% em fundos deste segmento, de preferência diversificar entre IMA-B e IMA-Geral.


Adicionalmente, mantivemos nossa recomendação para 10% dos investimentos em fundos de Gestão Duration, aproveitando a estratégia de gestão ativa oferecida por esse segmento. Com o ciclo atual da Selic, fundos de renda fixa passivos voltam a apresentar possibilidade de rentabilidade superior a meta de rentabilidade do RPPS, contudo, a estratégia de gestão ativa ainda se apresenta como alternativa atrativa para o RPPS.


Para um horizonte de médio prazo, mantivemos nossa recomendação para 10% dos investimentos para fundos deste segmento. É importante diversificar dentro do índice, tendo uma exposição índices pós-fixados, como o IDKA IPCA 2A e o IMA-B 5, atrelados a inflação. Além disso, neste cenário de elevação na taxa de juros, é aconselhável cautela no IRF-M e no IRF-M 1+, os índices pré-fixados, devido à volatilidade desses indicadores.

Quanto à exposição de curto prazo, sugerimos aumentar a exposição neste segmento, principalmente fundos CDI. Com as recentes alterações no cenário econômico, recomentamos uma exposição de 15% neste segmento. A Selic terminal para 2024 que era de 10%, passa a ser de 12,25%, mantendo uma taxa de investimentos atrativa para o RPPS.


Para diversificar a carteira, é aconselhável adquirir também títulos privados, principalmente as letras financeiras, até atingir uma alocação de 15%. As letras financeiras oferecem taxas que superam, em sua maioria, as metas atuariais dos RPPS e com prazos de até 10 anos, oferecem alternativas atrativas para diversificação de carteira.


Após muitas mudanças nas expectativas de quando o ciclo de corte de juros poderia ocorrer, o FED iniciou a sua redução em setembro, porém não deixou claro qual taxa de juros terminal deve ser alcançada. Além disso, a nova resolução de fundos de investimentos, CVM 175, trouxe novas regras para fundos no exterior que ainda não foram adaptadas pela Resolução 4.963/21. Por isso, recomendamos cautela para fundos de investimento no exterior, tanto em Renda Fixa como fundos de ações ou multimercado exterior.


Quanto aos fundos de ações relacionados à economia doméstica, mantemos nossa recomendação de 20% de exposição. Por mais que a bolsa de valores tenha mostrado certa volatilidade neste ano de 2024, a expectativa ainda é de alta para os próximos meses, na medida que as principais economias do mundo deem sequência na queda de juros, podendo aumentar a demanda por ativos de risco. Sugere-se a entrada no mercado de forma gradual, aproveitando oportunidades na bolsa de valores para construir um preço médio mais favorável.


Em relação aos Fundos Multimercado e Fundos de Investimento Imobiliários (FII), recomendamos manter a exposição em 5%.

Diversificar a carteira de investimentos com essas opções pode ser uma abordagem equilibrada para os RPPS, permitindo obter retornos e ter proteção contra cenários adversos, sempre alinhados com as metas de rentabilidade estabelecidas. Para investidores que enxergam oportunidades de adquirir ativos a preços mais baixos, é importante estar respaldado para a tomada de decisão.














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